sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

DILEMA

Bem na fila do cinema,
escapou um pensamento,
faz invento,
vai brotar algum poema,
de amor,de protesto, de lamento...
esse é o meu dilema.
Fecho os olhos,
me protejo,
não é hora de sonhar.
O enredo do tal filme,
vai implodir na razão
ocupada com a questão.
Fecho os olhos,
me protejo,
desse vírus, bactéria,
dessa nociva matéria
que vai me contaminar:
Esses raios de ouro em pó,
pelas frestas do olhar,
é só a folia do vento,
tomando conta de mim...
Tá legal !
Então me faça dançar
entre as letras do alfabeto,
sou o artigo feminino
que inicia a canção.
Então me faça sorrir,
entre todas as palavras,
sou o sujeito próprio,
querendo um predicado.
Então me faça entender
que não ha rimas
pois o verso é solitário.
Então me faça aceitar
esse poema
poemado.