Domingo, aqui no centro,
é tudo meio largado,
é tudo meio parado,
e a preguiça mora dentro.
Há uma vontade louca,
de não ser mais cordial,
de não dizer mais, bom dia,
e só mostrar minha cara fria.
Sozinha, entre sinais e calçadas,
cercada de concreto em paredes,
sinto que a saudade, adormece em redes,
que o rio se contorce em minha face banhada.
Aqui, preciso de um crachá,
que me diz se posso entrar,
a cidade me mostra seu avesso,
enquanto me força a andar direito.