Anda por aqui, à toa,
uma saudade sem destino,
independente, voa,
passa por mim, é vento fino.
Tão distante de mim !
Tão junto a mim !
Beijo-a de mãos dadas
mas, não está tão à mão !
Bate sempre na porta,
não quero deixá-la entrar.
Seu olhar de adaga, me corta,
me deixa só, a sangrar.
No sono me engana, tão linda !
Meu coração vira latas,
diz que é visita bem vinda...
Acordo,no peito a estaca .
Cuida de me comer a carne.
Cuida de me esfacelar o coração.
Faz-me ilha sem farol de alarme.
Faz-me abismo, vazia,sem chão.
"O que da alma brota é único,não se aprende não se rouba não se esgota"
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
QUÊ
Saudade de quê ?
do que você não foi ?
Das histórias que eu crei,
e que cresciam feito hera
entre paredes...
Prisioneiras se agarravam,
invasoras, se inventavam,
num compasso de espera
para o algo, acontecer ?
Lutar além, prá quê?
No turbilhão das alegrias,
cismas, feridas,
eu quixotava quimeras.
Duelo inútil,
em zona morta,
meu coração.
Tão cansado...
Tão usado o seu vermelho,
que a dor o desbotou.
Falta do quê ?
De abraços, tão sem braços.
De carinhos, tão sem dono.
De todas as portas fechadas
e eu, sem chave certa para abrir.
Do quê, que eu tentava ser,
prá depois, um mais ou menos
cumprir.
.
do que você não foi ?
Das histórias que eu crei,
e que cresciam feito hera
entre paredes...
Prisioneiras se agarravam,
invasoras, se inventavam,
num compasso de espera
para o algo, acontecer ?
Lutar além, prá quê?
No turbilhão das alegrias,
cismas, feridas,
eu quixotava quimeras.
Duelo inútil,
em zona morta,
meu coração.
Tão cansado...
Tão usado o seu vermelho,
que a dor o desbotou.
Falta do quê ?
De abraços, tão sem braços.
De carinhos, tão sem dono.
De todas as portas fechadas
e eu, sem chave certa para abrir.
Do quê, que eu tentava ser,
prá depois, um mais ou menos
cumprir.
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