sábado, 23 de fevereiro de 2013

QUÊ

Saudade de quê ?
do que você não foi ?
Das histórias que eu crei,
e que cresciam feito hera
entre paredes...
Prisioneiras se agarravam,
invasoras, se inventavam,
num compasso de espera
 para o algo, acontecer ?

Lutar além, prá quê?
No turbilhão das alegrias,
cismas, feridas,
eu quixotava quimeras.
Duelo inútil,
em zona morta,
meu coração.
Tão cansado...
Tão usado o seu vermelho,
que a dor o desbotou.

Falta do quê ?
De abraços, tão sem braços.
De carinhos, tão sem dono.
De todas as portas fechadas
e eu, sem chave certa para abrir.
Do quê, que eu tentava ser,
prá depois, um mais ou menos
cumprir.
.

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