Passo as noites no sofá,
lendo ou, vendo tv.
Parece tranquilo demais...
Parece sossego demais...
Parece eu só, demais...
Vem sacudir essa apatia,
me tira dessa fotografia,
dessa pose tardia,
desse amarelo que o tempo,
resolveu me colorir !
Quero sentir a dor de novo,
me ver sem precisar de espelhos,
sem qualquer maquiagem !
Sentir um beliscar que me expulsa
de dentro e faz uma viagem.
Sentir sua mordida na nuca,
o seu abraço por trás !
Quero sentir qualquer sensação avulsa,
qualquer partícula do sempre,
pra não me perder novamente,
pra não me perder nunca mais,
diante de uma tv !
"O que da alma brota é único,não se aprende não se rouba não se esgota"
terça-feira, 25 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
LA VAI ELA
La vai ela,
meio mulher, menina,
tão qualificada,
meio grossa, meio fina,
perfeitinha e acabada,
se achando divina.
Instalada num beco,
na quinta janela da esquina,
tem o sol bem a seco,
clareando seu rio,
e um olhar de apego,
juntando seu mundo.
Já perdeu tantas contas
do rosário e do receituário,
da comida e do vestuário,
pede ajuda ao santuário,
quando o fim do mês desponta,
faz promessas pra sobreviver.
Diarista, quatro casas pra cuidar,
não tem o ponto cobrado,
nem horário pra matar,
só tem um passo estudado,
pra quando na rua passar.
Não anda mais em Madureira,
por amor, veio pra essa ladeira,
tentando se adaptar.
trocou o barracão da mangueira,
por uma quadra na fronteira,
e mostrar com classe faceira,
que é uma passista funkeira,
dois metros de sedução.
Raiz arrancada da favela,
la vai ela na branca passarela,
do carnaval de Corumbá
meio mulher, menina,
tão qualificada,
meio grossa, meio fina,
perfeitinha e acabada,
se achando divina.
Instalada num beco,
na quinta janela da esquina,
tem o sol bem a seco,
clareando seu rio,
e um olhar de apego,
juntando seu mundo.
Já perdeu tantas contas
do rosário e do receituário,
da comida e do vestuário,
pede ajuda ao santuário,
quando o fim do mês desponta,
faz promessas pra sobreviver.
Diarista, quatro casas pra cuidar,
não tem o ponto cobrado,
nem horário pra matar,
só tem um passo estudado,
pra quando na rua passar.
Não anda mais em Madureira,
por amor, veio pra essa ladeira,
tentando se adaptar.
trocou o barracão da mangueira,
por uma quadra na fronteira,
e mostrar com classe faceira,
que é uma passista funkeira,
dois metros de sedução.
Raiz arrancada da favela,
la vai ela na branca passarela,
do carnaval de Corumbá
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