Passa carro...passarinho.
Passa avião...a fumaça.
Foge rápida a pombinha
que rouba de minha mão.
Fico assustada e perdida
nessa esquina da vida:
sem avançar o sinal,
sem meu biscoito de sal.
Passa carro...passarinho.
Passa avião...a ambulância.
Ecoa sinistra a sirene
pedindo passagem em vão.
Há uma pressa que teme
chegar tão tarde ao encontro
ou,ser pega pelo monstro
da louca civilização.
Passa carro...passarinho.
Passa avião. Fica a solidão.
As luzes esparramadas
brincam de serem estrelas
mas,são belas armadilhas!
No concreto fiquei menina,mãe,antes filha...
Labirintos de pedras e vidros
se fecharam em paredes,
me prenderam dentro da rede.
a rua daqui de casa, os predios, o barulho ... nao sei o que é...
ResponderExcluirNão precisa saber,já é bom saber que voce leu,beijo.
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