quarta-feira, 4 de julho de 2012

FORA DO LIMITE

Andei um tempo
praticando a arte
de ser infeliz,
consumindo a dor,
de modo suspeito,
até sob a luz do dia.
Andei um tempo
fazendo programas
insanos
mas,que me matavam
de tédio,
entre intervalos
de lucidez.
Andei um tempo
beijando a morte,
de um jeito promíscuo,
como se beijasse rosas
no altar,dos sonhos
de alguém.
Andei um tempo
matando a inocência,
em minha própria versão:
sorrindo,sendo feliz,
não dando conta
do que perdia.
Andei um tempo,
deixando apenas
o tempo passar
e,ao passar,
ia me espancando
a pele.
Quem sabe nasci
prá apanhar?
Andei um tempo,
sobrevivendo
num canto do oeste,
onde todas as pestes
queriam se encontrar
e,nem mesmo a fronteira,
pôs limites no lugar.

2 comentários:

  1. Olha, andando sempre mesmo que não seja pelas próprias pernas ou vontade minha linda tia !
    Parabéns pelo seu novo mundo aqui, fico honrado de poder ter a senhora como uma doce e amada rosa branca em meu coração.
    Te adoromiro ( adoro + admiro )

    ResponderExcluir
  2. Que grata surpresa!Andei perguntando sobre seu paradeiro.Adorei lhe conhecer e poder ver a mágica que fazes com aqueles temperinhos guardados como poções e lançados sobre os pratos;conseguindo por água na boca da gente até diante de um simples arroz!
    Obrigada pelo carinho das palavras.Sabes a sorte que tenho? Ter-te como amigofilho.Beijoabraço cheio de afeto.Marileide

    ResponderExcluir