Estão sumindo as ilhas de buritis,
as araras,os bichos preguiças,os quatis.
Florestas virgens se tornam quintais,
de violentas queimadas,crescem arrozais.
Na luta do homem com a terra,há intento,
é por crença,teto,até alimento
mas,a ambição que se esconde entre as sementes,
acalcam sem dó,os sonhos simples das gentes.
Meu belo e bravo cerrado,
liberta sua dor do pranto contido,
num choro manso e doce no campo minado,
banha de vida o peito ferido.
Descansam nos galhos as juritis,
se enrolam na presa os anéis da sucuri...
Oh! Lua gestante,de brilho mais puro,
me engane com sombras,sou bicho no escuro!
A chuva que cai,traz paz,alegria,
Atonios plantam sonhos,se banham Marias,
desenha espelhos em singelas baías
que o sol, rei vaidoso,a imagem aprecia.
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