terça-feira, 24 de janeiro de 2012

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Dói.
É dor que me assalta a carne.
É dor  instalada na pele.
É dor aliada à febre.
É dor que possui minha alma.
É dor que me tira a calma.
É dor que não se vê.
É dor que não se crê.

Escondida atrás do sorriso,
camuflada no brilho do olhar
se pendura na beira dos olhos,
sorrateira tenta pular.
Brinca  às vezes, com malabares,
entre o estômago e o peito,
ganha palco em meio ao silêncio.

Sem que eu espere,
me ataca de frente,
no agora,bem de repente.
Vários golpes,
ao lavar o talher,
solitária,caminhando no mato,
assistindo à televisão,
acordando de um sonho,na escuridão...

É dor em mim,espalhada,
definida,imagem perfeita,
engolida a seco,se ajeita.
Tem um cheiro,uma cor,até nome,
uma origem,um destino,não vejo final,
vai doendo num jeito qualquer,
dor madura no coração da mulher.

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