Não me chame pra comer.
Não me chame pra andar.
Não tente fazer eu esquecer,
o que ainda preciso lembrar.
Quero um tempo pra mim,
fechar a cara, me trancar
em minha torre sem marfim,
com uma canção de ninar.
Passarinhos e corujas,
cuidam dos dias e das noites,
cuidam pra que eu não fuja,
desses dias de açoites.
A vida me tirou tapetes
mas me deixou sobre o chão,
me abraçou com alfinetes,
mas escudou meu coração.
Deixou ficar a fantasia,
a magia de inventar,
deixou força e sabedoria,
pra levantar e caminhar.
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