sábado, 31 de janeiro de 2015

NÃO PASSA, TEMPO

Não passa tempo,
não passa
assim ligeiro.
Deixa o dia, primeiro.
Deixa a noite
descansar no travesseiro.
Não passa, tempo,
não passa.
engorda as horas
e decora por fora,
com minutos e segundos,
empacados.
pra que os ponteiros
não mostrem,
o velho tempo passar.
Não passa tempo,
não passa.
Fique na primeira estação,
em setembro do coração,
com as bagagens nas mãos.
Não siga sua vigem,
estou dezembro,
em completa solidão,
como aqui cheguei,
não lembro.

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