sábado, 23 de novembro de 2013

VERDADES

Não conto
verdades pra mim.
Não minto
sobre o que sinto.
Meu jogo é limpo.
Ando só,
restrita, faminta,
algoz, esquisita,
osso duro de roer.
Meu coração
é chama secreta,
é fogo, terra e céu
inventados:
arde antes de morrer.
Fui guardada
em armários, gavetas,
um objeto sem destino,
sua inquilina.
Pingente de lustre que enfeita
mas, eu sou faísca de luz no sereno.
Uma grinalda de um vestido fujão.
Quero não, ser perdoada !
Quero não, explicar
o meu poema !
Bebe então essa leveza
que eu coloquei aí,
sobre sua mesa !

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