Pés cortados, aroeira,
do cerrado, do sertão,
fazem fileiras,
diante do meu olhar.
A cerca inteira
separa,
meu mundo do seu.
Só,
na janela aberta,
a mansidão pra olhar,
onda do rio que vai,
vou nela.
Onda do rio que vem,
também.
Acalma, esquece,
tudo que entristece...
Eu pratico
o cactus da proteção.
Prefiro a solidão,
o arame farpado rasgando,
as veste do meu coração.
Eu sei,
o coração procura,
encontra, arrebenta
a porta do sul do oeste,
na primavera se veste,
outra vez vai passear.
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