quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ESTRELAS DE SAL

Por um tempo
que achei eterno,
vivi-bebi-comi você.
Eu não existia.
Não era mais eu.
Também não éramos nós.
Era só você.
Você. Você. Você.
Tudo era tão normal.
Tudo era tão simples.
Tudo era tão leve,
como comer salada de flor.
Nada falava.
Nada contava para mim.
Nada me avisava
que meu chão era de vidro.
Areia movediça...
Criei espaços,espectativas.
Nada me escondia.
Nada me guardava.
Nada me prendia,
nem com sedas,
nem com correntes.
O dia e a noite amantes
na lida,na sala,na cama.
Só via diamantes
na cortina dos meus olhos.
Que derreteram
inundando meu mundo.
Caíram em meu colo...
Na verdade eram
estrelas de sal.

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