quinta-feira, 11 de novembro de 2010

NO DIA MAIS TRISTE

No dia mais triste
não alimentei a palavra amor,
ela morreu em minha boca.
Não senti o medo da dor,
a dor já morava em mim.

No dia mais triste
o sorriso ensaiou diante do silêncio.
minhas mãos me agarraram,
colocaram-me no colo da solidão.
Fechei os olhos prá minha escuridão.

No dia mais triste
o sol se acobertou em nuvens cinzas.
Minguou tímida a lua
sem forças de entrar na casa,
apenas pintou claridade na parede crua.

No dia mais triste
suicidei-me a todo instante,
olhando estrelas de sal
que vagavam perdidas entre poeiras.
Escondi-me no abismo fatal
do soluço de uma garganta que me engolia voraz.

No dia mais triste
você abriu gavetas e fechou portas.
Deixou na caixa dos meus sentimentos,
doces lembranças empilhadas e mortas
e,as suas costas cravadas em meu pensamento.

No dia mais triste
a faca cega do seu rompimento,
deixou ferido o meu sonho antigo,
deixou no limbo o meu sofrimento.
Perdi a crença em amor-amigo.

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