sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AQUELE BLUES ANTIGO

Meu tennis velho já desmancha
mas,é ele que me leva para casa
pois conhece bem caminho.
A calçada tem covas rasas
eu carrego minhas asas,
está tudo tão calminho,
vou seguindo bem sozinho.
Vou cantarolando.
Vou assoviando,
aquele blues antigo,
fazendo dueto com minhas lembranças.
Vou sozinho,
vou seguindo.
Tudo está tão calminho.
Vou cantarolando.
Vou assoviando
aquele blues antigo.
Gato preto arrepiado
passa ali adiante.
O meu coração errante
bate de porta em porta,
ganha mais uma mina.
Não tenho medo.
Não tenho segredo.
Tenho um pé no cerrado,
outro lá na fronteira,
pode tudo ser besteira
mas,sabes o que me gusta?
É aquele blues antigo
que você tão clara e justa,
cantou só para mim.
A cidade quase dorme.
As distâncias são enormes,
eu apenas quero paz
nesse simples caminhar;
pois agora estou bem calminho.
Vou cantarolando.
Vou assoviando
a canção do velho bando:
aquele blues antigo.



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