quarta-feira, 20 de junho de 2012

AMÉRICA

O sangue que corre nas veias,
serpenteia a Cordilheira,
abre fendas traiçoeiras
prá chegar ao coração.
Há vale aberto no peito
e,se mostra sagrado.
Há ilhas do sol no olhar
e,eu vejo o Titicaca,
sinto que é você
pois eu vejo o seu azul,
o mais puro azul royal,
sob um céu de puro anil,
sem,azul jamais o ser.
Há lagos tão verdes esmeraldas,
que me enganam o olhar,
é um verde que não está lá.
Há desertos tão perfeitos,
postados no espelho de Marte,
é laranja,é uma febre que ataca,
me ata,em pé,na cama,
de noite,no frio,
de dia,ao sol.
É místico,é árido,
é mágico o seu jeito,de Atacama.
Fica seco o meu olhar,
quando diante de ti,estou,
me deixas com falta de ar,
me levando às alturas,
me sinto até mais pura.
Há Salar e, o tempero de cozinha,
vai sobrando no lugar.
Tudo branco e, no branco,eu sozinha,
e, um vulto no horizonte;
não colhas frutas por lá,
nada é doce,é puro sal.
Há um Continente glacê,
e,eu quero me lambuzar.
Há um cerrado alagado,
e,eu quero me banhar;
no meio de tudo uma rede,
e,eu quero me balançar.
Há vida sofrida,esquecida,
nas cumeeiras da América,
meus pés andaram por lá,
e,algo me aconteceu,
plantei saudade castelhana,
em coração brasileiro.

                                     

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