sexta-feira, 2 de novembro de 2012

EM ABERTO

Da beira do inferno
eu vi teu céu azul,
me puz toda de branco,
um quadro prá pintar.
Nem eras um Picasso,
viestes lá do sul
mas,tinhas uma magia,
de um rio,fazias o mar.
Estendi minha alma ao vento,
amanheci neblina
com seios de aconchego,
prá te guardar melhor,
das ruas veio a pressa,
com fúria de rotina,
um hábito já maldito,
cercou o meu redor.
Preciso de uma trégua
em meu interior,
ficar destino pronto,
inteiro ao seu dispor,
te ouvir em meu silêncio,
em meu lugar mais fundo.
É pouco o que desejo,
meu tempo mais quieto,
deixar fluir nas veias,
meu querer em liberdade,
saber que estou em aberto
saber que vais plantar
em meus braços o teu afeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário