segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DO MESMO MAL

Se és pecado e segredo,
se és um sonho de outono,
se és esperança e medo,
se és perguntas e não respostas,
se és um jogo,uma aposta,
de quem tu gostas?
Vives em mim,nada te devo,
me enches o dia,me roubas a noite,
meu lado oculto,um doce vício,
és sacrifício? O meu ofício?
Não te plantei,não te colhi,
na superfície,no precipício,
grão debulhado na pradaria,
brotas em flor,faz um jardim.
Chegaste assim,de calmaria,
fora de rota,no chão mais raso,
antes do fim.
A fúria inútil,ajoelhada,
é estrangeira em seu local
e,até sorri da ironia,
sofres também,do mesmo mal?

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