terça-feira, 1 de junho de 2010

POLEIRO DE ANJOS poema

Não sei se foi o destino
ou falta de acomodação,
juntaram-se alguns meninos
dentro de um barracão.

Alguns deles de família,
outros...também assim.
Diferentes na ilha,
se acomodaram no fim.

Os mais velhos aqui se encostaram,
não são exemplos a seguir,
bebem,fumam,também roncam.
Fazem a visita fugir.

Os mais novos,que esperança!
Seguem essa sina de loucos,
nem adultos,nem crianças,
aprontam tudo,como poucos.

Nesse poleiro de anjos
sem muita arrumação,
seguem a vida os marmanjos,
fazendo muita armação.

Gue veio do interior
atrás do amor e emprego.
Não vai mais ser doutor,
êle quer muito sossego.

Todo final de semana
desidrata-se com cerveja.
Não é bobo,não se engana.
Segunda,a mão do patrão ele beija.

Êle é amigo de Nando,
menino de pavio curto e, calado.
A latinha prá Nando,vai dando...
Quem sofre é a mãe do coitado.

Nando gasta um tempo tremendo,
diante do computador,
cria coisas que só vendo...
e,se afasta do mundo assustador.

Raf tem bons sentimentos
mas distribui sem critérios,
por isso sofre os tomentos
de quem não o leva a sério.

É o menino alegria
até sofrer uma dor,
envolve-se com tantas Marias
que sua vida fica sem cor.

Num cantinho espremido,
num cativeiro bem quente,
Jea e os seus comprimidos
prás dores que o corpo sente.

É o único na faculdade.
Vive à base de miojo.
Tem uma rara especialidade,
a de viver no estojo.

De livre e espontânea vontade,
para lá se bandeou,
estabanado apesar da idade,
quantas coisas ele quebrou.

Muitos são os seus amigos
que aqui recebem atenção.
Tem pão,afeto no abrigo,
sempre cabe um coração.

Todos juntos,ainda unidos,
se arranham pelo caminho,
na família são queridos,
mesmo estando fora do ninho.

Dedico este poema a: Rafael,Fernando, Guel,Jean,moradores do Poleiro e os amigos Alessandro,Bruno,Maurício,Jefferson,Cássio,Baia,Otoni,Lucas( reduto masculino).

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