terça-feira, 1 de maio de 2012

ESTRANHA

Hoje eu me sinto estranha,
amanheci carente,
me dê flores
como se fossem palavras de afeto,
a você talvez não signifique nada
a mim, é salvação.
Amanheci invisível,
me dê seu sorriso
como se fosse uma porta aberta,
talvez você não veja eu entrar
mas, em qualquer canto vou estar.
Amanheci fora de mim,
me dê sua mão
como se fosse elo de corrente,
me mostre o lugar de onde sou,
me ensine prá lá eu voltar.
Amanheci silêncio,
me dê o som de sua voz
como se fosse um sinal
de que,posso permanecer quieta,
mesmo assim vais me ouvir.
Amanheci sem pernas,
me carregue no colo,
me tire do tédio,
das sobras do tempo,
me mostre a paisagem
que encanta você.
Amanheci alada,
não me dê nada,
eu já tenho tudo.
Eu sou borboleta.
Eu sou vagalume.
Eu sou passarinho.
Eu sou um poema,
cá dentro um mundo
e,ele me vê.

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