domingo, 29 de abril de 2012

GLACÊ

Eu lhe vi ao longe,
caminhando ao vento,
cabelos compridos ao vento,
vestido comprido ao vento.
O mar tentava lhe invadir.
As ondas se encrespavam
mas,ficavam só na linha,
                       só na linha
e tudo virava horizonte,
com as ondas num ir e vir,
sobre tudo era açúcar
querendo lhe diluir.
O que você pensava ?
O que você ouvia ?
O que você queria ?
De longe a areia
era apenas glacê,
pincelada por seus pés.
Açúcar cristalizado,
levemente queimado,
era seda,
era seda,
o sol tentava interferir,
num claro escuro assanhado.
Ele queria e você deixava,
nascer vermelho quente,
o sentimento inocente
da gente,
que era doce,
que era doce...
Era apenas glacê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário