quinta-feira, 5 de abril de 2012

DA JANELA DE CASA

Da janela de casa
vejo que a cidade aumenta
mas,o meu querer inventa
que ainda é verde
e,que ela me é particular,
tem meu jeito,meu cheiro,
abriga minhas manias,
minha saudade em fotografias.

Da janela de casa
meus pensamentos se atiram
muito além da morraria,
por trás da calmaria,
presos em uma linha de  pescar,
o vai e vem com colheita,
tem um peso que quase deita,
prá preencher um vazio de sempre.

Da janela de casa
meus sonhos pulam estrelas,
são apenas doces energias
que faxinam minha alegria;
pisam nuvens de algodão,
brincam de amarelinha,
pois sou menina pequenininha
em meu céu riscado de linhas.

Da janela de casa
o sol passa bem mais ligeiro,
torna o tudo, irreal,passageiro,
meus olhos não conseguem enquadrar
e,se a lua surge mais que perfeita,
meu coração enfim descansa
querendo se eternizar.

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