quinta-feira, 31 de maio de 2012

O RIO

À tardinha, o descanso,
o olhar fica mais manso,
morre o dia com preguiça,
um convite que atiça,
a paixão que não sacia,
Rio Paraguai e o sol
fazem bela parceria...
O contorno não tem rosto,
na paisagem está posto,
a canoa,o canoeiro.
O meu olhar trapaceiro,
vê a estátua de bronze,
repousada no dourado,
sobre a lava desmaiada,
na superfície do rio.
Do banco, no cais do porto,
minha lembrança é um broto,
crescendo no coração;
corre livre,ligeira,
refaz de olhos fechados,
as belas curvas do rio.
As águas que chegam à margem,
num vai e vem espraiado,
é o jeito mais que perfeito
do fazer amor no leito,
do gozo chegar  à beira.
A areia se mostra lisinha,
a areia se mostra branquinha;
ao esticar meu olhar,
sigo os camalotes
que passeiam feitos buquês,
enfeitando o grande decote.

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