terça-feira, 7 de agosto de 2012

MENINA

Menina,
o seu rebolado
está com mal olhado,
se mostra escancarado,
já saiu da roda,
já ganhou as ruas,
já entrou na moda,
está de pernas nuas
e,nem a ciumenta lua,
quis alumiar.

Menina,
sua saia rodada,
pensa que é balão,
vai alçar o võo
sem sair do chão;
faz linda estamparia
com o entardecer:
menina és puro fogo,
o sol quer calmaria...
se afoga lentamente
ao se banhar no rio.

Vai juntando gente
na conhecida ladeira,
o suor que brota,
respinga na calçada de pedras,
fazendo bordados
de mulher rendeira.
É diamante líquido
na pele curtida
do negro batuqueiro;
a menina em transe,
tem paixão,seduz
e,o povo enfim respira
na ladeira Cunha e Cruz.

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