quinta-feira, 20 de maio de 2010

PASSA,TEMPO ! poema

Essa noite foi estranha.
Depois de tantas apostas,
tive um sonho que me acanha,
meu rosto,roçando suas costas,
última coisa que você me deu.

Passa, tempo.
Sopra, vento.
Vai levando essa saudade
que escoa devagar
mas,cá dentro do meu peito,
me engana,não tem jeito,
sempre nova,sem idade,
sempre pronta prá lembrar.

Quando abro a janela,
pela grade,os varais.
O meu quarto virou cela.
Nosso amor que era eterno,
nossa vida que era bela,
escapou pelos beirais.

Passa,tempo.
Sopra,vento.
Seca a lágrima a derramar.
Dia,noite ,noite,dia,
essa dor que não tem par,
do meu coração judia.

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