quarta-feira, 26 de setembro de 2012

MEU DESABAFO

Hoje estou aqui prá desabafar,
prá reclamar desse cotidiano
de dragões para alimentar,
meu roteiro de todo ano.
Estou sempre subindo degraus,
de uma escada infinita;
dragando areia para as naus
mas no fundo há pedra brita.
Criamos ratos tão nobres
que,não aceitam o porão,
eles nos mantém felizes e pobres,
em filas,esperando o sopão.
Quando o vento uiva como cão,
derrubando nossos telhados,
esse reino não estende a mão,
prá secar nossos molhados.
Fazemos escolhas qual roleta
mas,já perdendo de saída,
de terno está o capeta,
com a honra já puída.
A ciranda,cirandinha,
só na roda não faz a conta,
milhões saem da varinha da fadinha,
para o cofre das cuecas.Que afronta!
Tô sem dinheiro,sem cultura,
sem jardins,sem sombras no meu passeio,
o lixo vai cobrir minha sepultura
e,a saúde está morrendo sem asseio.
Prá que ler na mão a sorte,
se já sei o futuro da boiada?
Muitos serão carne de corte,
outros tantos,terão uma casinha caiada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário