quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SÓ OLHAR

Enquanto eu te esperava,
o tempo bateu à porta,
pronta eu não estava.
Enquanto eu te chamava,
as horas já estavam mortas
e,tudo perdeu o sentido.
Minha voz cobria o silêncio,
tapeava uma solidão desconhecida,
que se mudou pro meu quarto.
Lá fora um dia arreganhado,
invadia espaços com sombras.
Feixe de luz entre frestas,
me caçou e me encontrou,
atingiu em cheio a pele,
quando eu me encontrava nua,
vagando dentro de mim;
muito além do corpo,
do contorno de tudo que se fazia ser ,eu.
Você me deixou no escuro
e,eu soube aproveitar;
apurei o meu olhar.
Agora,passeio na noite,
de mãos dadas com meu coração,
palmilho cada emoção,
conheço o seu destino.
Sobrevivo cheia de cuidados,
pois meu caminhar
ainda está fragilizado.
Sabe,amor?
Estou indo em direção ao horizonte,
o passo vai devagar,
talvez encontre uma ponte.
Marquei encontro com o sol,
naquele ponto distante
onde ele se encontra com o rio
antes de adormecer.
O que eu quero?
Só olhar.

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