No alto do arranha-céu
há um odor de Havana,
corpos suados,denso véu,
relaxam em uma tarde insana.
O céu desses amantes
é forrado de papel,
impresso de habitantes
que dominam qual cartel.
O que povoa esse amor
que vive nos intervalos?
É cifra,é pressa,é dor
de quem perdeu nos cavalos?
Onde reside a paixão
em meio ao vidro e concreto?
Se abriga no coração
ou está a vagar sem teto?
Ah! Que pena desses amantes!
Vivendo como em Interlagos,
se amando só por instantes,
à beira de grande estragos.
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