terça-feira, 20 de abril de 2010

DANCE COMIGO poema

Há muita chuva lá fora.
Há muito cinza lá fora.
Nem tudo está muito claro.
Nem tudo está explicado.
Pregam sorrisos nas caras
que engolem despercebidos,
em meio à solidão das pessoas.

Então,venha dançar comigo.
Então,venha voar comigo
nas letras de uma doce canção.
Não precisamos de asas.
Não precisamos de casas,
nem compromisso de anel,
só navegar em águas rasas,
no barquinho de papel.

Há muita gente que corre.
Há muita gente que morre,
abafando a dor que sentem.
O trem da vida passa com pressa,
fica sem tempo a promessa
que se fazem enquanto crescem.
Dá-se valor à aparência.
Fica perdida a inocência.

Então,venha dançar comigo.
Então,venha voar comigo.
Fique um pouco insano
pois, a gente se ajeita querido
nas dobras desse mundo tirano
e, se a noite estiver muito escura,
há um jeito de não sair ferido,
vista uma armadura colorida,
faça proteção de ternura
e,trate tudo como semente.
Essa é a nossa última chance
de não virar gado de novo
pois, o curral ainda cerca a gente.

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