Quando ela surge na pista,
vejo que não está à procura,
simplesmente quer ser vista
em qualquer rítmo,sem censura.
Enquanto a música toca,
seu corpo reluz sob luz forte,
lembranças felizes evoca,
quem lembra,tem muita sorte.
Quem a vê assim tão bela,
não pensa em nada obsceno,
apenas uma ingênua tela,
pintada de um jeito sereno.
Quando a música termina,
ficamos um pouco perdidos:
É a música? É a menina?
Outra vez sós, outra vez sofridos...
Escapo com ela na dança,
outra vez o livro aberto.
Renasce um pouco a esperança,
antes o tarde do que o certo.
O grande espelho da vida
revela a imagem despida:
Ela sou eu, somos nós
sem disfarce, reprimidas.
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