quinta-feira, 1 de abril de 2010

A QUE PONTO poema

Tudo tem o seu jeito.
Tudo tem a sua mão.
Em seu espaço ocupado,
cabe minha vida inteirinha,
com muita lapidação.
Você se enche de razão
cria um canto perfeito,
de respeito e emoção.
Muda o tempo de repente,
me pegando no turbilhão.
Você se fecha em si mesmo
e eu à deriva sem direção,
agarrada a um fio invisível
de imensa solidão.
Quero dar os meus olhos
prá você me enxergar,
fazer deles bússola precisa,
prá você me localizar,
não precisa voltar para mim,
deixa eu ir até você;
vês, a que ponto cheguei?
Não consigo viver esse dia,
futuro não existe prá mim,
pois como náufraga desesperada,
estou muito agarrada
ao minuto que passou,
pois lá ainda me resta
um pouquinho de você.
Havia alegria em minha vida,
mas você não a sentia.
O tempo é cruel,
passa rápido pelo meu corpo
e é lento a te esperar.
Um dia vou estar morta,
um jeito sem solução,
é por isso que lhe peço,
antes que seja tarde,
abrande seu coração.
Sinta toda a emoção,
o abandono,a angústia,
a decepção,
contidos em meu coração.

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