domingo, 18 de abril de 2010

LOBO NO ASFALTO poema

Sou lobo no asfalto
com tempo na estrada.
Saindo da toca.
Roubando de assalto.

Eu não sou o alvo.
Eu estou a salvo.
Eu estou seguro
em cantos escuros.

Adoro a lua,
minha vida crua.
Sou bicho matreiro.
Sou bicho felino.
Instinto certeiro
e, o meu destino,
é estar sozinho.

Disputo abraços.
os beijos eu caço.
Descubro caminhos,
mata-lixo-matilha.
Dados rolando,
animal acuado.
Amante na noite.
Dono da trilha.

Meu uivo te chama.
Meu uivo reclama,
onde está você?

Espinho de cáctus.
Garras afiadas.
Fera ferida.
Noite sombria.

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