segunda-feira, 5 de abril de 2010

DURO RECOMEÇO poema

Padecer interno é inferno,é lamento,
vinca em rugas o meu magro rosto,
detalha em traços todo o sofrimento,
numa linguagem que poucos compreendem.

É tão gelada a mão que aperta o peito,
olhar parado,cabelo em desalinho,
nem sento o tempo em infinito recomeço,
nem sento o tédio de dar nome ao vinho.

Silêncio oprime as paredes do meu quarto,
a mão se estende mas não toca em nada,
na frágil reação de amargo parto,
o coração bate mais determinado.

É fina a luz que invade a janela
mas ilumina além da superfície,
buraco fundo,a lucidez revela,
fragmentou meus dias tão difíceis.

Há dois amores me abrindo a porta,
escudo forte prá encarar o rompimento,
anjos da guarda que dizem :"Não estás morta,
siga seu caminho mesmo a paço lento."

Um comentário:

  1. A história de Paco,é triste e nos mostra que ha sempre um recomeço,sempre! me lembrei muito do meu cãozinho Lyon,que amei muito e que de saudades de mim, se foi.

    Bjuss amiga, e fica com Deus!

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